Quarta-feira, 18 de Julho de 2012
No passado escrevi sobre o facto das previsões que têm sido feitas acerca da economia são sempre optimistas e acabaram sempre por ser revistas em baixa - Mais Previsões Optimistas.
O FMI publicou ontem o relatório da 4ª revisão do programa de ajustamento e não é que a previsão do PIB foi revista em alta. Mas a imagem dos nossos próximos 6 anos continua péssima. Na realidade, a revisão é essencialmente no crescimento deste ano que passou de -3,3% para -3%. O gráfico evidencia que estamos claramente a atravessar A Nossa Grande Depressão e que esta revisão não altera basicamente nada - só em 2016 voltaremos a ter o PIB num nível semelhante ao de 2007.
E se houve realmente uma revisão das previsões, isso aconteceu na Taxa de Desemprego. Aqui sim as diferenças são brutais e o FMI reconhece agora que a taxa de desemprego deve atingir os 15,9% em 2013. De referir que o Governo, a OCDE e o Banco de Portugal têm previsões mais pessimistas - temos de esperar para ver.
De economia percebo muito pouco, mas parece-me que ainda estão para vir muitas mais revisões.
O teu blog é interessante e não complica. Bom!
De escudo-cplp a 19 de Julho de 2012 às 13:03
É estimulante pensar que daqui a 6 anos a economia recuperou. O acelarar das crises ciclicas contudo dir-nos-ia que daqui a 4 anos termos outra recaida. As previsoes do desemprego com valores elevadissimos no final de 2012 tornará a economia ainda mais debil. O II trimestre foi o mais duro de sempre para muito sectores da economia, especialmente para os que ainda trabalham com o mercado interno. Portugal desde o euro focou-se em demasia numa economia interna e em sectores com forte regulamentacao estatal, protegidos. Dentro em pouco poderao deixar de o ser e haverá despedimentos em massa. Desemprego e fuga de mao-de-óbra sao duas coisas muito preocupantes.
Sem inflacao na europa, sem liquidez para a industria e comércio é impossível sobreviver no euro.
De escudo-cplp a 19 de Julho de 2012 às 13:06
O II trimestre foi devastador, o IV será misabilistico. De Setembro a Dezembro será uma razia no comércio e a industria deve estar a ficar preocupada por nao verem as encomendas chegar, chegarao mas em cima da hora o que vai impedir de dar resposta a qualquer trabalho. Isto supondo que há alguma folga nas linhas de crédito
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